quinta-feira, 2 de agosto de 2012

cool story bro


Humores há muitos. Não me refiro a boa-disposição vs má-disposição mas sim aos tipos de humor. Ao que é perfeito para uma situação e ao que é inoportuno e descartável, desnecessário. Admito, gosto de pessoas com o mínimo de humor e que apreciem umas boas observações irónicas. Se firo sentimentos (o que raramente acontece), peço desculpa, mas quem me conhece quase sempre (quase) deveria ter a noção do quão sou brincalhona e não se surpreender com a primeira bacorada que me sai da boca. É quase ofensivo quando alguém próximo de mim não tem noção do quão descontraída e impulsiva sou e quando estou a brincar ou não. Apesar de levar a vida olhando sempre para o lado positivo, tiro partido de observações parvas como defesa e para tranquilizar o ambiente à minha volta, porque faz parte de mim. Mas tenho noção dos limites e do que dizer ou não em determinado contexto. E se há pontos de ebulição que me poem a duvidar das relações que construo é quando se dirigem a mim aziados por algo que eu disse a brincar e pensam que era a sério. Se eu ofendi algum amigo com alguma observação que não detinha nenhuma má intenção (de todo) então esse conseguiu o contrário (que o feitiço se virasse contra o feiticeiro), conseguiu reduzir-me à vergonha e a tamanha insegurança. Ninguém gosta de ser desacreditado por alguém cuja relação é forte.

Diz-me com quem andas dir-te-ei quem és. O teu círculo de relações sociais, a rede social onde és aceite e te sentes bem define um pouco de quem és pois nós temos tendência a criar empatia com pessoas com quem mantemos sintonia nas conversas, nos ideais, no tipo de humor. Personagens que simplesmente não entendem uma piada inteligente, gozam com os outros e os seus pontos fracos e têm um humor azeiteiro cansam-me o cérebro e diminuem a minha esperança na humanidade. Sou apologista do humor sarcástico, irónico, inteligente, perverso e sou bastante definida por isso como a não-séria, a moça a que podem dizer e fazer tudo que ela não se importa um chaveco com nada porque vai levar tudo numa boa. Mais enganados não podiam estar, porque consigo surpreender com coisas sérias de mim, só não estou para carregar com negatividades às costas quando não é oportuno e estou disponível full time para o carpe diem. Talvez quem me define baseando-se no meu lado divertido e apalhaçado é que pagaria tostões para ter um pouco da energia que tenho.

Sem comentários:

Enviar um comentário