quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Halloween


Sim, é uma tradição que me agrada. Ainda me lembro quando ainda ninguém conhecia o halloween, eu tinha 13 anos e corria os prédios da minha zona com o meu grupo de amigas, e os velhotes nem abriam a porta, tal era o cagaço. Um grupo de pessoas todas com lençóis assustadores cobertas da cabeça aos pés e apenas com a iluminação de uma vela numa abóbora, podem duvidar meus queridos, mas é assustador. De há uns anos para cá deixei para lá estas brincadeiras, cresci, mas não deixo de ter saudades e de salivar com a imagem mental dos doces que conseguia só com os peditórios. Hoje a noite não vai ser passada em discotecas nem partys, mas um cenário caseiro e acolhedor no palacete da minha amiga a fazer maratonas de terror.
Já agora ficam com o vídeo que revela a verdadeira morte do Jigsaw:


O Taça anda a ter visitas do Brasil! Caros companheiros brasileiros, pronunciem-se. É com muito prazer que receberei os vossos comentários.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

aplicada

Sedutor sensualão do meu caderno novo exerceu uma espécie de poder de incentivo sobre mim. Hoje foi a primeira vez que cheguei a casa e organizei os apontamentos, parecia que estava a escrever uma bíblia, ou seja, estudei! Deve ser do cheirinho.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

first I was afraid, I was petrified

Minha gente, estou a passar por um caso que é digno de filme. Uma das minhas melhores amigas pirou-se da minha vida literalmente, mas com regresso garantido por meios de que para a próxima semana. Foi assim: deixei de saber notícias de uma amiga minha com a qual falava diariamente, assim, de sexta para sábado. (weirdooo). Ou seja, tínhamos pseudo-planos para esta semana que incluíam festejar o Halloween e ir ver o Skyfall ao cinema, portanto já existiam desculpas para a convivência entre nós. Na sexta feira passada era suposto a dita cuja passar na minha casa para batermos papo quando vinha a caminho de não-sei-de-onde e nem chegou a passar (o que NUNCA aconteceu, friso). A moça quando se comprometia nunca falhava, motivo que atiça mais o facto de eu fazer filmes na minha cabeça. Ora bem, telefonei-lhe para casa e o irmão dela, que por sinal é meu amigo, deu uma de idiota para variar e disse que ela tinha ido a Lisboa tratar de "assuntos pessoais" e que este fim de semana não iria estar cá. Lá tentei puxar pelo motivo desses assuntos porque tenho laços de confiança com ele e com a mãe deles e este não me quis revelar. Confusa e atordoada deixei o fim de semana passar e abordei a minha amiga na net, na qual ela está sempre ou quase sempre conectada, não obtendo resposta até agora. Hoje decidi ligar directamente ao telemóvel da gaja, visto que antes não o tinha feito porque não tinha dinheiro, mas a missão foi mal sucedida porque estava desligado. Voltei a telefonar novamente para casa dela, obtendo a resposta de que ela só voltaria para a próxima semana, isto dito friamente e sem mais esclarecimentos (repito, do irmão dela, uma pessoa com quem eu já tive conversas muito pessoais e dou-me plenamente bem). Agindo segundo o impulso desliguei-lhe o telefone fixo na cara quando já não havia nada a dizer e me estava a despedir igualmente fria.
 Se já era a realizadora de um filme dramático na minha mente então esse filme mudou de classificação para uma faixa etária superior. Considerei a hipótese de ela poder estar na casa de um tio a ajudar-lhe ou assim, mas nesse caso não vejo razão para não me quererem simplesmente contar. Então a minha mente estúpida e com influências tarantinescas divagou por cenários de hipóteses da minha amiga estar numa sala de operações e em descanso até ter alta ou a cumprir serviço comunitário, ou num fucking asilo, ou a gerir o piratebay escondida num sítio cavernoso na Ericeira e até a remota hipótese de trabalho na prostituição. (ironia strikes again)

O mundo tá-me a querer ocultar tudo?

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domingo, 28 de outubro de 2012

aulinhas

Tenho tanta vontade para o estudo como tenho de comer iscas à mistura com salmão grelhado. Anyway, mesmo que tivesse apta conscientemente para estudar eu sei que sou uma gaja que só funciona à pressão, vamos masé a ver se a continuação deste lifestyle dá resultado na faculdade. Feedback das minhas aulas:
Estão a ver palha? Agora visualizem mentalmente palha verbal: aquelas coisas que são ditas só por se dizer, que não servem para nada que são mais ou menos como todos os meus professores fazem questão de preencher uma aula que parece interminável, entra-se nela e sai-se ainda mais burro.
Já cantava a querida Adelaide Ferreira: "Eu dava tudo..."
para ter stores de jeito.

My people need me.

sábado, 27 de outubro de 2012

sweet nothing

O ser humano é tão estúpido e desprezível que opina acerca das mínimas escolhas de gente alheia. Ultimamente só me dá vontade de desistir das pessoas, de deixar de me dar com uma grande porção de gente que conheço só para não ter a memória de momentos ridículos a matutar na minha cabeça. Porque é que as pessoas não pensam antes de abrir a boca? Não pensam no quão inoportunos podem ser, selectivos, desnecessários e no quão podem magoar alguém. Individualismo de merda. Desde que estejam bem, tudo está bem, mas quando são as mesmas a passar mal descem do nível de pavão.
Porque é que cada vez é mais difícil criar laços com alguém? Conhecer alguém verdadeiramente, os gostos, interesses, sonhos, angústias... actualmente temos tantas facilidades de socialização a nosso dispor que nos soa como desculpa para ter mais amigos e um círculo social alargado. As pessoas julgam-se amigas de alguém que conheceram à pouco tempo mas não se apercebem que só são necessárias à outra quando lhe convém. De que nos vale as conquistas sociais? Conhecer alguém, naturalmente, com conversas cara-a-cara com essa pessoa é cada vez mais raro e precioso. Hoje em dia criam-se grupos para saídas cujas razões de convívio são o álcool e a desculpa para o roçanço. Cada vez menos se vivencia a beleza da simplicidade de troca de palavras e olhares, a noção apreendida de sintonia, o estado de afinidade, a demonstração real de compreensão, o crescimento pessoal que podemos obter numa simples conversa com outrem. Esta década não é para mim, preferia ter nascido umas décadas atrás em que não havia estas facilidades todas, mas sobretudo, se vivia, se sentia, nem a enormidade da crise existia.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

quotes demasiado accurate

"Ela, pelo contrário, dava-me a impressão de estar a pensar numa coisa muito diferente do castigo... algo que ultrapassava a situação, muito longe daquela sala, qualquer coisa que não estava ali e que nós não podíamos ver. Já ouvi falar de pessoas que sonham acordadas. Será ela uma dessas pessoas? Tem os olhos baixos, mas estou certa de que não vê o chão; dir-se-ia que olha para dentro, para o fundo da própria alma. Olha para as suas recordações e não para aquilo que tem diante de si. Pergunto a mim mesma que espécie de rapariga será ela - boa ou má?"
Jane Eyre de Charlotte Bronte

Isto é  "tão eu".

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

sinal de vida

Esta coisa já ganhou poeira minha gente, mas não se preocupem que eu vim com paninhos profissionais e não vou deixar o blog adquirir mofo. Simplesmente tenho estado muito ocupada com a minha nova vida, ganhei o euromilhões e fui visitar a Ásia toda, só consegui respirar de forma pura e descansada agora. ok, agora a sério. Desconheço a cabrona da razão principal de eu não ter escrito aqui ultimamente, sei lá, arranjem-na vocês. Talvez uma mix de falta de inspiração, de tempo (kind of), a minha vida está uma mess. Desde o início deste mês comecei as aulas a sério sem sequer um nico de dedicação ao estudo, fiz anos, tive o meu primeiro jantar de curso, a minha irmã casou, pintei FINALMENTE as pontas do meu cabelo, assisti a uma peça de teatro, mandei currículos para 9 lojas, visitei os estúdios da rtp e o teatro D. Maria II gratuitamente, conheci pessoas fantásticas e senti o remorso de ter andado a deixar este blog mais ou menos às moscas. Talvez se for viver para o mar já tenho tempo mais livre para bloggar.


terça-feira, 9 de outubro de 2012

quase aniversário

Aquele estranho momento em que na véspera dos meus anos eu dou uma de nerd e quase que me começo a viciar no jogo do LOL (League of Legends).

domingo, 7 de outubro de 2012

desmistificação

Vozes difundidas no anonimato já se certificaram de me expressar os seus juízos relativamente ao Teatro. Juízos esses que se caracterizam por espécies de rumores por terem sido partilhados por emissores que nem sequer ousaram passar pela experiência de fazer Teatro antes de proferir coisas como "O teatro é um fingimento"  ou "os actores são pessoas que ganham a vida a fazer macacadas imitando os comportamentos humanos e não deviam ter tanto mérito"/"fazer teatro é fácil porque é só imitar e forçar comportamentos, trata de sermos os melhores fingidores" e todas as observações cuja conotação é semelhante.


Fingimento, oh, se não é algo já tão familiar no nosso dia-a-dia? Que mais fazemos senão fingir, que mais somos senão actores sociais cingidos às regras do civismo e contribuidores do bem comum? Fingimos cordialidade, fingimos doenças para faltar a compromissos, possivelmente já fingimos estar chateados com alguém ou até que já nutrimos pena por algo que não sentíamos. Fingimos um sorriso no rosto aquando vivenciamos a exaltação e a pressa do começo do dia para seguirmos ao nosso destino. Fingimos que não temos fome para não incomodar que tanto nos oferece alimento e que não estamos tristes só para não contagiar nem dar preocupações. Fingimos a força de vontade, fingimos a existência de uma boa auto-estima, fingimos ter maior ou menor grau de inteligência e até fingimos ter alguma piada para não aparentarmos desinteressantes e monocórdicos.
Porque a vida é feita do "finge aqui, disfarça ali". Inatamente, se de vez em quando não puxares pelo teu lado menos verdadeiro e mais forçado não te restam grandes hipóteses. 
Fingimos tanto que não é por isso que deixamos de viver os fingimentos. E ainda dizem que os actores é que são os fingidores. E nada não podia ser tão humano e ao mesmo tempo anti-fingidor como o teatro. Mais honesto que a vida porque sabes sempre o que vem a seguir de qualquer acto.
Teatro? Para actuar, de fingir não preciso, do sentir é que faço teatro, através das vivências aprendidas com os fingimentos da minha vida. No teatro dou de mim para dar aos outros. Transmito, através de personagens, um pouco de mim. Do tudo, fundo-me num só... Abraço complexidades e várias personalidades e liberto-me dos meus recalcamentos alcançados através destas grandes mentiras que vivemos no dia-a-dia, mas que não temos pudor em viver no palco, sob outra pele. São capazes de ver mais de mim no teatro do que em qualquer outro lugar. Garanto que encontrarão mais humanidade a assistir a um espectáculo teatral do que no quotidiano.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

so sick

Como na blogosfera todo o blogger que faz jus à sua condição insiste em revelar quando está doente, quando deu uma queca ou quando teve prisão de ventre cá estou eu fazendo competição de doenças com a blogosfera! Aposto que neste preciso momento poucos estados de saúde de administradores de blogs batem o meu que está condenado a diversos sintomas como tosse excomungável, espirros, nariz entupido, fraqueza, lábios gretado, cólicas, cansaço, visão turva (moi tropeçou em si mesma ainda há minutos), humor merdoso, fraqueza, fraqueza e mais fraqueza. Mas que raio de gripe é esta? É que nem é de classe média, é de low quality! Pensa que me remói, mas amanhã vou às aulas, não vou faltar mais que ainda são as primeiras! Ai malandra...

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