sexta-feira, 15 de março de 2013

folhas

Admira-me a imprevisibilidade das pessoas. As pessoas são tão complexas e nunca estão em sintonia com a complexidade do seu semelhante. Erguem castelos de dúvidas e inseguranças sem se aperceberem do sinal mais próximo da queda desse castelo dentro de alguém que amam. Intriga-me como nem nós nos conseguimos comandar, por vezes e como a nossa paciência e amabilidade se esvai quando alguém roça nas nossas feridas por cicatrizar.

A vida é como um livro. Somos um livro que nem todos podem ler, e o mais sábio dos livros seríamos se nos conseguíssemos auto-compreender. Como na leitura de um livro, para manteres a lucidez, por vezes tens de te relembrar de como foste, de como és e de como serás nas páginas seguintes. Somos senhores de palavras impossíveis de apagar mas fáceis de deixar uma cópia nos outros. Nascemos como quando o livro nasce, impressão e o encadernamento, somos categorizados e exalamos vida e curiosidade. Crescemos sendo comparados a outros, e a sucessores, e a continuações de gerações.
Absorvemos a dor e a mágoa de quem connosco convive. Modelamos sentimentos conforme respondemos ou não ao que as pessoas anseiam de nós, como um livro que lemos quando esperamos que o conto se desenrole como o planeado na nossa cabeça, mas por vezes não é assim. Como um livro, somos imprevisíveis e chocamos, crescemos e deixamos a história morrer e voltar a viver dependendo com quem nos relacionamos.
Temos páginas marcantes da vida que os falsos naturalmente desistirão de ler. A uma dada altura seremos deixados por nossa conta, e o pó atrasar-nos-á o manuseamento. A dada altura morremos quando deixamos de ter leitores, quando deixamos de partilhar o nosso conteúdo ou quando somos tão maus e desvalorizados que ninguém se importa connosco desiste de nos acompanhar. Fechamo-nos. Fechamo-nos porque já vivemos tudo e já demos às pessoas da nossa vida tudo o que tivemos a dar.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Frida (2002)

Queria ver o filme da Frida mas tenho medo de ficar com uma ferida sentimental...
Queria ver o filme da Frida agora à meia noite sabendo que tenho de me levantar às 7h e consciente que poderei ganhar umas feridinhas de umas olheiras.
Queria ver o filme da Frida Kahlo mas hoje andei tanto e doem-me tanto os pés que se calhar convém deitar-me cedo para restabelecer energias e usar cremes para prevenir os calos.
E poderia continuar por ai além com piadas incluindo a Frida...


you, me and bowie

Não foi há muito tempo que passei uma noite interessante com o aclamado Bowie. Não é nada do que as vossas cabecinhas possam estar a pensar (acalmai qualquer perversão), muito menos uma coisa vivida (quem me dera que fosse), mas um humilde sonho que se deveu sobretudo à notícia do seu regresso à música com o lançamento de um novo cd. É como o capeta, quando pensamos que não está lá, ele está, a planear coisas.
Ora bem, tudo começou quando o David Bowie tinha vindo a um centro comercial aqui na margem sul para uma sessão de autógrafos no recinto exterior do mesmo. Eu soltei a franga e fui logo para o evento a correr enquanto esperava através de um turbilhão de pessoas todas a esticar-mos a mão para termos o privilégio de receber um autógrafo. Azarada na vida, azarada nos sonhos, fiquei para última para poder conversar com o meu querido hero. Quando finalmente estava a bater-papo com ele discutimos por uma coisinha mínima como quando duas pessoas não se entendem e não gramam nada uma da outra: a maneira dele ser não tinha correspondido às minhas expectativas e ele estava-me a enervar firmemente (já não me lembro do tópico da discussão). Quando demos por nós, no recinto do terraço do centro comercial constatámos que os seguranças do shopping tinham-se esquecido de nós lá e que teríamos de passar uma noite a aturarmo-nos, pois depois de tantos clamores ninguém nos acudia. Passámos a noite calados até reatarmos conversa e ele ter-me pedido desculpa pelos seus modos porque andava com uma espécie de pressão sobre ele (wtf?), mas pronto, foi um querido. A partir daí démo-nos que nem uma maravilha. Ao fim da noite já estávamos tão ligados que já éramos bff's, e o sonho acabou com o Bowie a ir às compras comigo! E assim passámos, grandes amigos...
De sonhos tão ridículos surgem sorrisos logo ao acordar. O Bowie é um dos meus ídolos e neste momento a música dele tem sido muito importante na minha vida, apesar de curiosamente ter conhecido o seu trabalho há uns cinco anos através do livro "Os filhos da droga", em que a Christiane F. o menciona várias vezes.
Epá é que este homem emerge o melhor do que há em mim. Venero a sua presença e o seu quê de andrógeno. Como é que depois de tantos anos de carreira e 66 anos ainda consegue surpreender e nunca perder o seu lado próprio? É o meu "camaleão preferido"!
Adoro dormir...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

musicais

Depois de muito cansaço e de lidar com pessoas estúpidas ideias parvas vêm à minha cabecinha e esta é uma delas: E que tal se vivêssemos dentro de um musical? A vida seria muito mais fácil e arranjadinha, suponho!
Razão nº 1- Praticamente já há músicas para expressar tudo. Do "odeio-te" ao "quero-te comer" ao "eu quero é vida louca". Há carradas e carradas de músicas que expressam tudo, aqui vão uns exemplos com umas expressões básicas do nosso dia-a-dia:
Arranja-me um isqueiro "baby, you can light my fire.."
Fui uma cabra, só te quis usar "oops, I did it again, I played with your heart"
Nem penses que tens hipótese "don't stand so close to me"
Estou a conter-me para não fazer cocó "I can't stand it..."

Razão nº2- Nos musicais podes dançar no meio da rua sem seres gozado. Escolhes tu a música e todos em teu redor gostam dela, não há cá bitaites de "óh moça não cantes essa porcaria" e toda a gente te vai ouvir e sentir o que estás a sentir (muito mais do que se só falasses). Tem um senão: quando alguém canta uma música rançosa vais ter que alinhar na cena, nunca saberás quando é que vais ser tu a precisar de back-ups.

Razão nº3- O amor é muito mais fácil. Olhas repetidamente para a cara metade que acabaste de ver há uns segundos e e cantas logo sobre como o teu "coração" está tão predisposto a receber o seu amor e como a pessoa é bela como um lírio. Táctica fácil demais, depois é só continuar assim com todas as outras pessoas que te atraiam sexualmente à face da terra (putas e vinho verde, yeah).

Razão nº4- Não há violência. Queres arrasar alguém? Cantam, cantam até à morte. Movem o povinho todo para rua para vos ouvir e cantam exageradamente enquanto toda a gente saberá dos vossos problemas pessoais e alinhará no coro.

Razão nº5- Ninguém é excluído, viveríamos num clima de fraternidade, paz e amor. Os maluquinhos da cabeça teriam direito a cantar também (exclusivamente reportórios de músicas cujo conteúdo não façam sentido algum e que foram compostas por pessoas alteradas por ácidos mas que toda a gente gosta à mesma.)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

warm bodies

Eu para todos os efeitos não vi este filme, não fiz esta escolha, não estive naquela sala de cinema. Supostamente seria uma comédia e a única altura que ri foi na saída dos cinemas, quando um velhote com uma bengala pôs na cabeça que tinha de andar em linha recta como o Mr. Bean e não se desviava. É que o filme foi mesmo mau e é ainda mais decepcionante o facto de ter sido o orientador de uma ida em grupo ao cinema! E depois para piorar a ferida ficámos com aquela dorzinha que devia ser dominada a "dor da bad choice". Temos a dor física, a emocional, a de cotovelo e a da má escolha. Esta última é tão válida como todas as outras dores e ainda tem efeitos colaterais como a vergonha e o dinheiro desperdiçado (ah, e umas quantas ovelhinhas seguirem pelo mesmo caminho porque ninguém faria ideia do tão pobre plot do filme).



domingo, 17 de fevereiro de 2013

harlem shake

Quando eu penso que a humanidade não pode chegar mais baixo com a importância que dão ao gangnam style, eis que surge o harlem shake. Mesmo já tendo visto vídeos há alguns dias não consigo perceber de que raio é que se trata! É tão, mas tão... ridículo.

dreaming, indeed

I'm a screwed up human being que em dezoito anos de vida pouco alcançou, ou que ao menos assim o sente. Aqueles momentos em que uma gaja pensa que está condenada ao país que tem, aos pareceres da família que tem, aos amigos que deixa de ter e começa a dramatizar (e não está com o período). Vejo-me mais que fodida quanto terminar o meu curso, a iniciação no mesmo era repleta de esperanças de encontrar um part-time facilmente enquanto estudava para ser mais fácil o emigranço, encontrar utilidade nas cadeiras a estudar (que só me servem para esforçar para passar) e as cadeiras que estudaria por puro prazer de aprender seriam as que me mais facilmente me serviriam para viver debaixo da ponte porque seriam basicamente relacionadas com história, literatura, línguas e artes dramáticas.
O que é bacano é pelo menos conservar a ideia de que estarei apta para voar daqui para fora quando acabar a licenciatura e aterrar nas british lands e estudar teatro. O que é mais que bacano é ainda ter um sonho, mas as bases para esse não terem ainda nascido, e eu estar completamente consciente disso. Ora, se eu quero uma casinha, estudos e sustento noutro país preciso de dinheiro que não tenho e que a vida não me está relutante a dar. Os meus paizinhos nunca me deram tudo mas dão-me o essencial e alguns caprichos e estou-lhes grata por isso. Relativamente ao meu futuro isso já não deve nem deveria ser do seu consentimento, já sou crescidinha, com idade para trabalhar e ter a noção que tenho que fazer pela vida. Com propinas altíssimas a pagar cá em portugal não posso esperar que os meus pais me banquem uma viagem para fora e inclusive tudo o resto. A esta altura do campeonato já entreguei diversos currículos na minha zona e fora e nem uma resposta recebi. Não posso dizer que não me tenha esforçado, eu quero, tenho disponibilidade, tenho o perfil, mas o silêncio perdura como resposta para mim e para o povo português que procura trabalho. Se o país não espera que sejam os mais velhos, com família a sustentar, a arranjar trabalho porque já estão muito velhos para o perfil requerido (vontade não lhes falta), porventura pensaremos que aos jovens darão oportunidades. Aos jovens, que são os filhos dos tão esforçosos pais, que são o futuro da nação, que estão em melhor aptidão física, criatividade e nível de energia e mesmo a estes é-lhes negada a oportunidade com desculpas esfarrapadas como: não tem experiência, não têm qualificações sem ser o 12º ano (se os jovens têm de começar por algum lado obviamente sem experiência como é que assim começarão? E como é que nos casos em que os filhos se sacrificam para trabalhar para ajudar os pais e são também recusados conseguem sobreviver?) Estamos no patamar que não basta lutar até saber perder, só dá lutando até a batalha estar ganha. E eu sinto-me esmagada, diminuída por estas recusas que me impedem de construir a minha vida. Continua a haver coisas piores, but still...
Este ano no mínimo vou tentar ocupar-me com as pequenas coisas que perpetuam o meu estado feliz: bons livros, bons filmes e a fofa da imaginação a funcionar. Vou escrever para não mais desabar, tem de ser, e viajar nem que seja através do que leio pois nada está totalmente perdido, só estará totalmente num sono infinito.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Mudei a foto de perfil do blogger e agora sou um veado a falar com vocês! Perguntem-me sobre a minha vida selvagem mas não me peçam para criar um ask fm que isso é a coisa mais triste e até para um veado é baixo-nível.
(agora falando a sério)
Tenho deixado este blog com as moscas porque não tenho inspiração, ruim né? Agora que tenho tempo livre umas semanas não há muito que dizer, preciso de um click e de conselhos, digam-me lá de vosso juízo o que é que melhora a exteriorização de pensamentos: olhar para uma lâmpada até ficar vesgo(a)? Fumar umas boas ganzas à noite? Começar a usar gravações e deixar de escrever? Estou arruinada, odeio falta de inspiração, é que eu gosto mesmo disto...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pensamentos que dão nisto


A vida é estúpida. É estúpida porque desde que nascemos sabemos que vamos morrer e temos de fazer algo durante esse tempo, viver. O que fazemos nesse tempo pode tomar várias vertentes, mas uma é quase inegável, a de nós passarmos a vida toda presos num labirinto, pensando que iremos escapar dele um dia e o quão fantástico isso irá ser e imaginando que o futuro que imaginamos para nós é o que nos move, mas nunca fazemos o que realmente queremos fazer. Apenas estamos a usar o futuro para escapar do presente. Ao alhearmo-nos da vida humana, ao projectarmos uma visão exterior a nós, como a de um extraterrestre a observar-nos, o que somos nós? Estúpidos. Cada um à sua maneira a querer ser único mas sendo tudo menos isso.

A vida resume-se a nunca estarmos satisfeitos com o que há, a mudança, a coisas estúpidas, ao pensamento de que "há melhor do que o que estamos a viver" ao invés do "há melhor do que aquilo que conseguimos ser". Resume-se também a escrever sobre a mesma, que coisa estúpida.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cersei Lannister - Gods and Monsters



Lembram-se de vos ter dito que ia aprender a trabalhar com o Sony Vegas? Não foi assim à tanto tempo (dois posts atrás). Pois bem, a minha mais recente obra-prima está concluída! Deveras simples e com algumas falhas, mas isso com o tempo vai-se trabalhando. Contemplai.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

aqueles excertos

"Era tão bom ser abraçado. Se ao menos a sua relação pudesse ser destilada em simples gestos silenciosos de conforto. Porque é que os humanos tinham aprendido a falar?"
- A Casual Vacancy

sábado, 19 de janeiro de 2013

apenas melhorando as minhas skills

Olá queridas pessoas! Decidi criar um vídeo todo catita e de aspecto profissional para dar de presente a um amigo meu. Estou a usar o programa Sony Vegas 9.0 e estou a aprender aos poucos como funciona isto. Irei perder imenso tempo com isto mas será para um bom propósito. O vídeo é sobre uma personagem forte do imaginário de Game of Thrones e quando o tiver prontinho partilho aqui com vocês na esperança de receber algum feedback.


of monsters and men, das coisas mais lindas da vida

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

professores universitários


Adoro quando os catamos a falhar. Eles são tão bosses que estão-se a marimbar para o que fazem, mesmo que isso ponha em causa a média académica de um aluno e lhe foda as férias eternamente. Aqui vai o exemplo mais provador da incompetência dos ditos cujos:
Supostamente as notas de uma cadeira que é toda à base de cálculos matemáticos saíram hoje mas achei estranho a minha e a de uns colegas que também tinham chumbado na cadeira serem iguais à frequência! 
A meu ver, o teste correu-me bem, tinha feito a meias com uma colega que teve 10 mas ainda fiz mais questões que ela, havendo também uma pessoa que copiou pela mesma e ainda teve nota superior! A minha alma ficou parva, os pensamentos que me assombravam eram: Será que o ser nem se deu ao trabalho de alterar as nossas notas ou estas são mesmo injustamente e coincidentemente iguais às da frequência? Pensei logo em ir pelo menos à faculdade pedir-lhe para rever a minha nota.
Enquanto a minha indignação prosperava pelas conversas em conjunto no facebook decidi romper limites e telefonar para a faculdade. Reencaminharam a chamada para o professor e este, disponível, sem fazer a mínima ideia de quem é que eu era ouviu-me e pediu-me para falar só por mim. Pediu-me o nº de aluno e o nome completo e depois verificou que eu tinha assinado como "catarina soares" e não o nome completo e por isso é que tinha feito confusão e não tinha posto a nota correcta e que ia por hoje ainda, mas que não me ia dizer já para penalizar por não ter posto O NOME TODO CORRECTAMENTE. Quer dizer, por essa brincadeirinha de mau gosto eu poderia repetir um exame e fazer a mesma façanha, porque não saberia o saber porquê da minha negativa ou seja, seria igual eu escrever Catarina Soares ou Cavaco Silva no enunciado do meu teste.
No térmito da conversa eu perguntei se podia referir os nomes dos colegas que ele aldrabou as notas também e ele disse que no momento não dava que estava a interromper-lhe uma reunião. Enfim.
Enfim, festejei. Se não tivesse agido é que estava neste momento desamparada como uma maria madalena, deu-me logo uma vontade de saltar e ouvir músicas ridículas e proporcionais ao grau ridicularizante da situação: 


alívio



Apetece-me atirar os meus apontamentos e livros para uma pira de fogo e fazer uma dança cherokee num rico cenário rupestre. Oh, the relief.
Se bem que estou-me a ver a voltar à faculdade para fazer a segunda fase de uma cadeira, mas até lá tenho uma semana de vida de trambolho a levar (séries, filmes, leituras para por em dia). Com tanto trabalho aprendi que um dia não nos fornece tempo para nada. Quanto mais planeamos fazer num dia menos realizados nos sentimos ao fim do dia. E dormir é um acto que eu prezo tanto e não consigo deixar de lado em prol de outras coisas! Isto é de mim, que preciso do meu sono de beleza senão não funciono de todo. Se eu quisesse acho que dormia tanto, acho que teria a capacidade do desafio de me deixar debaixo dos lençóis dois dias seguidos.

e quem diz boas notas também diz sucesso no trabalho.


Enterrando o assunto e os queixumes hoje vi o tão falado “Silver Linings Playbook” e aqui vai o meu feedback, começando pelas pré-impressões e terminando no dito filme.


O que é que me sugeriu o poster? Cliché. Cliché everywhere.
Pelo menos eu pensei logo nos dois actores principais. Os dois, jovens e atraentes obviamente iriam ter alguma relação e acabar juntos e felizes no final do filme. Por pouco que tinha visto do trailer e do título original, “Silver linings playbook” sugeriu-me que o Cooper era um pseudo-louco que queria mudar a sua vida, escrevia um livro/diário com os passinhos para o fazer e no fim conseguiu. Em suma, por essa abordagem, não seria o típico filme que me atraíria para o grande ecrã. Finais ridiculamente felizes já há bastantes, basta ver uma novela da Globo ou da Tvi.
Hoje fiz download do filme (toca a fazer, minha gente, já está em boa qualidade) e vi o filme sem intervalos, mínimos cuts para ir fazer alguma coisa, de tão excepcional que eu o estava a achar.  No início é tudo muito confuso, vemos um homem, Pat, com um transtorno de personalidade, muito frágil e saído de uma clínica onde esteve internado. À medida que o filme avança é como se estivéssemos a entrar na mente do protagonista sem que ele faça muito por isso, os seus recalcamentos e origens do seu comportamento vão sendo revelados e chega a uma altura em que eu mesma senti pena do tipo. Pressionado a mudar a sua vida e a ser positivo, Pat aceita jantar em casa de velhos amigos e conhece a Tiffany (Jennifer Lawrence, actriz de 22 anos) que me surpreendeu demasiado com a sua interpretação de mulher mais velha e víuva. Sim, a história teve um final feliz mas não foi assim tão cliché como eu a considerava mas sim deveras humana. Pontos altos:

A relação pais-filho: Mostra toda a crueza da tensão e das discussões mas é tão bela ao mesmo tempo. Remete-nos para a reflexão de como mesmo quando crescemos e batemos lá no fundo, temos as nossas figuras paternas, que também com os seus defeitos, tentam emergir o melhor que há em nós, que nos conhecem desde a mais remota inocência e para eles seremos sempre os seus bebés, por mais idade e independência que tenhamos.
A importância da música: Quando a Tiffany ensina dança ao Pat começa aos poucos por dar dicas da expressão física, essa cena é um dos pontos altos.
A química: O bradley cooper e a jennifer lawrence tiveram ali uma sintonia tão impressionante mesmo tendo poucas manifestações físicas de afecto, só os simples momentos de silêncio entre eles resultaram muito bem.


 Não me alongo mais para não estragar as expectativas. Se já viram, comentem o que acharam! Se ainda não viram mas se já viram outros fresquinhos do cinema comentem também a recomendar! (ou então deixem-me triste e leiam isto e não comentem)