segunda-feira, 16 de julho de 2012

situações


Foda-se toda a gente que diz tudo pela metade.
Refiro-me mais propriamente àqueles amigos que deveriam ser amigos no sentido literal da palavra, e não apenas acompanhantes de diversões e de alegrias porque para isso junto dinheirinho e “alugo” um stripper ou faço uma amizade fútil no chat do facebook à ultima da hora e combino uma saídinha.

OK, eu esclareço de seguida este desabafo desesperado de uma rapariga em plena “tensão pré-candidaturas para a faculdade”, se é que isso existe.
Sabem, há aquelas pessoas na nossa vida que são tão 8 como 80, não sabemos o que esperar delas, são totalmente excêntricas (podem ser no bom ou mau sentido) mas neste caso refiro-me aos amigos de há anos que alinham nas palhaçadas e nas saídas, na companhia para algum sítio ou algo que tenha fins de diversão mas no entanto são um túmulo quanto a desabafar assuntos pessoais e nós ficamos a sentir que não conhecemos aquela pessoa com que diariamente convivemos. - Pois bem, tenho uma amiga que está sempre a insinuar que tem problemas mas nunca os desabafa, manda o bitaite de que está a passar mal na vida e ostenta um ar de sofredora e vivida e quando eu pergunto o que se passa NUNCA conta, mas lá deixou o cheirinho no ar de melancolia. Para piorar, quando moi desabafa algo pessoal a sujeita justifica-se com o argumento a vida dela é pior que a minha. (é tipo aquelas competições entre as velhotas para ver quem tem mais doenças)
 Estou saturada, eu como amiga também sofro com isto. Não vivo para ouvir respostas tortas de cujas pessoas simplesmente desejo bem mas que não sabem despachar a sua frustração educadamente. Em certos dias essa amiga está calada mas com expressão claramente sisuda e num desses dias tomei uma atitude revolucionária: finalmente insisti para me contar o que se passava, com o intuito de ajudar, de não sofrer pelo sofrimento de quem gosto e não desisti até ela proferir algo do género: Ouço sempre os teus problemas, “vocês” podem estar tristes e quando sou eu nunca posso, também tenho direito (também não entendi a referência no plural).
E pronto, eu, maria flausina das sensibilidades à flor da pele, acabo sempre por sofrer por tabela pois no final de contas eu sou como não gostaria de ser, preocupo-me demasiado com a maneira como os meus amigos me têm em conta, lamurio pelos cantos de querer tanto o bem aos outros e ouvir respostas broncas, de assegurar que um ambiente é calmo e está tudo bem e calmo à minha volta. Vou é erguer o que resta de mim e arremessar essas preocupações contra o teclado do meu portátil, vou deixar de ser tão susceptível de me levar pelas emoções e vou mandar para o caralho tudo o que me convencer do contrário.


Para se adequar à situação (se me chamasse antónio ficaria melhor, se é que me entendem)

1 comentário:

  1. oh filha, lixa-te para a calma! também não devias deixar as tuas opiniões a meio, expressando-as apenas na blogosfera. devias falar com essa amiga e dizer-lhe tudo na cara. a comunicação é importante! não vale a pena estares com "meias relações". pelo menos, ficarias de bem com a tua consciência!

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