terça-feira, 3 de julho de 2012

fuck this shit

O ar desvanece-se do meu redor. As pálpebras tremem-me, assim como o resto dos meus membros. O rubor das minhas faces aquece até ao extremo levando-me a pensar que vou morrer. O pulsar dos meus batimentos desobedecem-me, para meu constrangimento. Perco o fio à meada do meu cérebro, este transforma-se numa névoa flutuante que não consigo estabilizar.
Já não vejo o que é objectivo, pouco salivo por pequenos prazeres, não bebo para saciar o que não tem vontade de ser saciada. Permaneço no imaterial e no sonho, pairando acima do presente e agarrando-me cada vez mais a este novo mistério.

E no entanto continuo no mesmo sítio, agarrada a um computador, a um teclado. Apenas eu.
E no entanto, há uma voz que não é imaginada mas interpretada como o meu verdadeiro ser, e eu digo a mim mesma que não quero ficar como penso que estou. 
Que grande alhada, é a última coisa que quero.


[não, isto não é depressivo]



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