quinta-feira, 5 de julho de 2012

One Day


Não sou uma pessoa romântica. Não sou de flores a não ser que estejam estampadas no tecido da minha roupa, não de sou de trocar palavras lamechas como “meu amor”, de estar a dar a mão muito tempo a alguém até algum de nós ter de a soltar devido ao suor das palmas, de ter de estar sempre com alguém romanticamente. Nisso sou uma raposa: eu fujo, fujo de sentimentos mais fortes do que a amizade, porque para mim o amor é o perigo. Sou ágil e difícil de agarrar. Amar alguém é um terreno por apalpar, uma definição que me incute medo. Prefiro não catalogar nem pôr em nenhum tipo de patamar nenhum tipo de relação, nem mesmo as amizades. Tenho receio do acto de verbalizar certos sentimentos e acho que certas manifestações de apreço a afeição devem ser demonstradas através de acções e não de palavras e cada pessoa sabe o que sente pouco sendo necessário dizê-lo.
Porém apesar desta minha maneira de ser, de vez em quando cedo às maravilhas dos filmes românticos – sem ser Nicholas sparks que aquilo já enjooa – e vejo um ou outro.
Apresento-vos o “One Day” (se não o viram ainda têm mesmo de ver)

Depois de terem passado, na universidade, o dia da sua formatura juntos – 15 Julho, 1988 – Emma Morley e Dexter Mayhew começam uma amizade que irá durar a vida inteira. Ela é uma rapariga simples cheia de princípios e ambições que sonha transformar o mundo num lugar melhor. Ele é um irresistível playboy que sonha fazer do mundo o seu recreio. Durante as duas décadas que se seguem, momentos chave do seu relacionamento são vividos ao longo de vários dias 15 de Julho das suas vidas. Juntos ou separados, acompanhamos Dex e Em através da sua amizade, discussões, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. Algures ao longo da sua jornada, estas duas pessoas apercebem-se de que desejam e procuram o que afinal de contas esteve sempre ali. Ao ser revelado o verdadeiro significado do dia que passaram juntos em 1988, ambos entendem a natureza do amor e da própria vida.

 "Whatever happens tomorrow, we've had today."

Aconselho-vos vivamente a verem este filme. Fiquei abismada com a história, conseguiu de facto agarrar-me até ao fim. O casal principal vive uma relação peculiar, os actores têm uma química excelente, parecia que nem estava a ver um filme mas apenas a ler um diário de uma história real e a imaginar. Não é entediante e tem leves momentos de humor. Mas cuidado, é lamechas – dou-lhe um 3 (de 1 a 5 num ranking de lamechice)

E agora não descanso até ler o livro.

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