Hoje a minha prima deu-me a dádiva de um ensinamento deveras
proveitoso, um conselho como nenhum igual. Algo que já tinha concluído há uns
tempos mas que pairava no meu inconsciente e é uma ideia que ainda pouco sofreu
do seu aproveitamento da minha parte. Mas é o que eu mais preciso de praticar
agora e o conselho trata-se do seguinte:
Quando estiverem com algo por dizer, vão ficar com as
palavras suprimidas e falham por não se conseguirem expressar, causando até alterações no humor até dizerem o
que têm a dizer de importante a alguma pessoa. Por vezes é um drama não nos
conseguirmos expressar através da fala. Ainda pior é nem um discurso conseguir
formalizar mentalmente para mais tarde verbalizá-lo para expressar o que nos
vai no íntimo, provavelmente apenas mais um desabafo que não nos soa bem pronunciado
através som das nossas vozes. Nesses momentos deveremos escrever tudo o que
diríamos naquele momento à pessoa a que nos destinamos. Reservar uma hora do dia, em que estejamos
sozinhos, para nos concentrar e elaborar um texto como uma espécie de carta
organizada com todos os argumentos que utilizaríamos se tivéssemos coragem de verbalizá-los.
Claro que a coragem é fulcral e ser directo para as pessoas também, mas por
vezes esta não é suficiente. Por vezes é necessário fazermos algo que poderemos
apelidar de atitude cobarde, para um bem maior. Um texto não deixa de ser uma mensagem, as
palavras lidas tocam tanto nas pessoas como algo falado que quem
as ler vai compreender o motivo de as estar a ler e não a ouvir, se deixarem o
motivo bem expresso.
Não é cobardia emitir
o que sentimos por escrito. Cobardia é não admitir sequer o que sentimos, é seguir o
dia-a-dia com palavras remoídas e por dizer, quando um dia poderá ser tarde
demais. Pensem nisso.
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